Seleção brasileira e religião
sempre tiveram uma ligação forte. Na última Copa do Mundo, a fé era a principal
marca do time comandado por Dunga com fiéis fervorosos como Kaká e Lúcio. No
Mundial do Brasil, a história será diferente. O técnico Luiz Felipe Scolari
proibiu os cultos na concentração e até líderes que sempre tiveram livre acesso
estão vetados.
Felipão, curiosamente, exerce a
sua fé de forma assídua. Católico praticante, o técnico visitou o Santuário de
Nossa Senhora de Caravaggio, em Farroupilha, para fazer sua prece pouco antes
de se apresentar para a preparação para a Copa. Repetiu o ritual que havia
feito no Mundial de 2002.
Mas dentro da seleção, ele não
quer misturar as coisas. A CBF tem uma posição oficial de que seu treinador
respeita todas as religiões. Mas não permite cultos na concentração, e tampouco
privilegia qualquer manifestação de fé.
Até o padre Pedro Bauer, amigo de
longa data de Felipão, está distante. Eles se tornaram amigos há mais de 20
anos, em 1991, quando Pedro abençoou os atletas do Criciúma na final da Copa do
Brasil contra o Grêmio. O título consagrou Felipão e transformou o padre em seu
talismã.
Pedro foi à concentração do
Palmeiras em 2011 e participou de um jogo da preparação da Copa em 2002, contra
o Paraguai, no estádio Olímpico. Na época, frequentava a casa de Felipão e,
segundo ele, chegou até a dormir lá.
Mas dessa vez não foi convidado.
"Eu vejo o Felipão blindado. Acho que o telefone dele está bloqueado pela
CBF depois que teve aquela piada envolvendo o presidente do Atlético de Madri.
Eu não consigo mais falar com ele, não sei se trocou de telefone. Mas eu
respeito a posição dele de preservar e não me meto muito. Continuo orando de
longe para que tudo dê certo", disse.
O padre se refere ao trote telefônico
em que um humorista de uma rádio espanhola se passou pelo presidente do
Atlético de Madri.
0 comentários:
Postar um comentário